Eu tava lá fazendo nada quando o telefone toca. É do banco. Eles querem conferir uns dados de um cadastro pra fazer os documentos. Ok, ok. No que a atendente fala meu sobrenome, dou pela falta de um. São 4, mas um faz falta, ok. Digo que ta faltando. E ela atenciosamente diz, com aquela voz de operadora de telemarketing paulistana “a senhora poderia estar verificando seu CPF e RG para ter certeza que esse sobrenome consta mesmo no seu nome?”.
TIPO Q
Minha filha, eu posso não saber onde está o meu nariz, mas o meu nome eu sei sim, ok?
Depois a gente trata mal essas atendentes e elas não sabem por quê.
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Ah constar, aqui em casa ficou sem telefone fixo por um mês. Liguei pra operadora infinita vezes, realizei inúmeros testes, anotei protocolos n vezes… por um mês… e nada. Bastou um e-mail pra ANATEL e no dia seguinte o carinha pra consertar o telefone ta aqui. É, BRASIL. BONITO.
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Bonito foi como eu não consegui o último emprego na minha área em que eu me candidatei. Me chamaram pra entrevista e ela nunca aconteceu, porque resolveram contratar a primeira pessoa entrevistada porque estavam com preguiça P-R-E-G-U-I-Ç-A de dar continuidade ao processo de seleção.
É, vou morrer dando aula de línguas nesse Brasil.
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Mas tai as coisas, né. Sou fluente em 3 línguas, sei todos meus sobrenomes (sei sim, dona do banco), a operadora de telefone me tenta fazer de trouxa e a vida vai seguindo, normalmente, felizmente ou infelizmente.
SUA LINDA EU CURTI O SORRISO. ABS.