“Mas você não é feliz”, disse minha mãe num ato quase de crueldade. Em seguida me passou uma lista de motivos, todos muito razoáveis, para ser bem sincera. Todos reais.
Aquilo foi quase como um soco no estômago. Um direto na boca do estômago, que te tira o ar. Mas eu não sou feliz. Eu não sou feliz. Não sou feliz.
Felicidade, na verdade, é meio questão de opção: ou você opta por sofrer por tudo e ser mais um coitado nessa vida, ou enfrenta a vida e pega o bom como compensador.
Será meu pai recebendo alta do hospital, a vitória do Galo e a alegria de descobrir que a NEG111 começa amanhã, e não hoje, suficientes para superar, enfim, a infelicidade e deixar um saldo positivo?