Uma semana antes de completar um mês na cidade em que moro, saiu uma dessas pesquisas de violência na qual, entre as mais perigosas, minha residência era a segunda como mais homícidios por 100.000 habitantes… do país. Mil desculpas governamentais surgem, mas basicamente diz que muitas outras cidade e estados “forjam resultados”, não registrando tudo o que acontece como homícidio e nem na localidade certa.
Porém, praticamente toda reunião com a comunidade que tenho, os indíces de violência na região metropolitana de Salvador são mais que estatística, mas realidade. Tá rolando guerra urbana, disputa de poder entre grupos de narcotraficantes. É escola que foi invadida, assassinato na porta de posto de saúde, etc.
Domingo eu acordei e fazia um dia muito lindo. Ao contrário do sudeste, chafurdado em um inverno forte, aqui as temperaturas estão quase sempre acima dos 25°C. Tava ensolarado o suficiente para eu querer sair de casa e ir até a praia. E fui. Toda vez que piso na praia, fico grata por morar tão perto dela. Só de colocar o pé no mar me sinto mais limpa e conectada com o mundo. Plena, comecei a fazer planos de ir caminhar lá todos os fins de semana, com roupa de banho pra poder nadar depois do exercício. Ria sozinha. É isso. Moro na Bahia. Em
Na volta da praia, passando por um bairro mais humide, mas que fica a 10 min, se muito, da minha casa, vejo uma aglomeração de pessoas. É caminho natural para aquela praia. Logo penso que é festa. E olho com atenção.
É um corpo no chão. Domingo, 11h da manhã.