Um trechinho do poema “Milionário do Sonho” da Elisa Lucinda falando de cachinhos.
Achei lindo!
Tendo um cabelo tão bom, cheio de cacho em movimento, cheio de armação, emaranhado, crespura e bom comportamento,
grito bem alto, sim?Qual foi o idiota que concluiu que meu cabelo é ruim?
Qual foi o otário, equivocado,
que decidiu estar errado o meu cabelo enrolado?
Ruim pra quê?
ruim pra quem?Infeliz do povo que não sabe de onde vem
Pequeno é o povo que não se ama,
o povo que tem na grandeza da mistura
o preto, o índio, o branco, a farra das culturas
Pobre do povo que, sem estrutura, acaba crendo na loucura de ter que ser outro para ser alguémNão vem que não tem,
com a palavra eu bato,
não apanho
Escuta essa, neném,
sou milionário do sonho
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Escrevi outro texto. Farei o possível para postar toda terça-feira conteúdos sobre esses conceitos que se apresentam “confusos” nas pré-eleições. Me segue lá no medium, não sei se faz sentido ficar avisando aqui sempre.
“Esse tal de Direitos Humanos”