make something that no one else has*

Tenho seguido relativamente bem meu plano de não sofrer e simplesmente enfrentar o que vem. Incrível a capacidade humana – no caso, reconhecida em mim – de decidir ou não transformar em sofrimento o que é difícil, e assim piorar as coisas. Num depoimento quase único nesse blog, não sinta o drama!
Subitamente meus dias se tornaram mais tranqüilos e minhas noites melhor dormidas. E tenho tido a calma de fazer planos mais maduros e esperar, fazendo meu melhor, as coisas se encaixarem. É aquela parte de trabalhar duro para garantir que a sorte venha. Confiar no processo, coisa que prego e tão pouco pratico.
A decisão de não ir pelo caminho do drama, ou como pode também ser reconhecida, um momento de maturidade quase que único nesses meus 27 anos de idade, ocorreu por uma única frase. Enquanto narrava, dramaticamente, que minha vontade todos os dias era ir dormir chorando porque não via solução, ouvi um “Isso é os EUA de novo?”. Daí eu reparei que não podia sucumbir ao mesmo ciclo que vivi ali e resolvi reagir. São novos tempos.
~vamos nos permitir~
A única intranqüilidade que tenha tido é um medo súbito e terrível de tudo acabar. Acho que nunca pensei tanto em morte, nunca tive tanto medo de morrer. Não sei se é a idade – nossa muito velha- que está me assustando, ou o tanto de gente casando que ta me dando aflição, mas venho o tempo todo sendo atormentada. Me assusta a idade da minha cachorra, a idade do meu pai, a minha idade e o legado que vou deixar (sim, l-e-g-a-d-o). E essa coisa é meio sem fim. Medo de morrer impede a vida. Daí to tentando arranjar algo que me gere paz de espírito e alivie o coração e a mente atormentada. Aceito sugestões para parar de ser louca quando deito a cabeça no travesseiro. Por uma vida com mais “ai, ele é lindo” e menos com “e quando tudo acabar?”
ps: ridículo por o “amor” como contraponto à morte. Ou simplesmente me assumindo como a idiota que sou, obrigada.
Ps2: minhas frases começam com pronome, ME DEIXA.

2 thoughts on “make something that no one else has*

  1. (sempre comento o ponto menos relevante do texto) tinha escrito um ps no post mais recente do meu blog, que acabei tirando, porque sou a louca do blog, mas tenho que controlar o tamanho dos posts. Era assim:

    *OBSERVAÇÃO: Sobre “auto-intervenção”, tenho bastante restrição em usar as novas regrinhas do hífen pra composição de palavras que são meio neologismos. Acho que preciso estudar mais um pouquinho pra saber se vale, porque parece que tem uma regra paralela que dita sobre as alterações de hífen e fala algo sobre algumas só valerem pra palavras já ‘consolidadas’ na cultura, o que torna as coisas meio subjetivas, apesar de que acho que vale mais pro caso de colocar hífen do que pra tirar. É essa regrinha paralela, por exemplo, que faz paraquedas não separar, mas micro-ondas separar.
    Ah, aproveitando que estou justificando esse provável erro, vou justificar outro que eu faço muito conscientemente: próclise no começo da frase. Eu sou defensora da aceitação universal da próclise, acho que já tem muita corrente de linguistas defendendo isso também, FREE PRÓCLISE! Então podem olhar feio, mas vou continuar fazendo. Me perdoem, rá! Outros erros de pontuação ou até de ortografia (já fiz uns horrendos) são de minha autoria mesmo e, quando perceber que eles estão lá, vou corrigir (cada post do blog sofre pelo menos umas vinte alterações em sua vida útil).

    1. No caso específico, seu ps seria do tamanho de um post. :p
      Entendo assim o temor.

      Quanto aos erros de português, assassino a língua diversas vezes a cada post e só reparo depois de ler a coisa em si, já postada. O que me gera um certo horror, porque meu número de assinantes sobre a cada dia e mais e mais pessoas recebem por email versões HORRENDAS do tanto que eu sou iletrada. Sempre tento me policiar para editar antes de postar, mas quase sempre sou tomada pelo impulso do over-share e não faço as coisas com método!

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