Odeio admitir que falhei. Mas ó, to aqui, uma falha ambulante. Quilômetros de quem eu quero ser. Acho que se eu fosse minha mãe, ficaria ansiosa ao me ver assim. Tanto investimento para… isso. Eu fui cara. Era pra eu ter dado mais certo. Não é possível que só eu veja isso.
Vontade nenhuma de fazer nada. Minha vontade real, é, mais uma vez, chegar em casa e deitar na cama e só sair de lá quando obrigada. Infelizmente a vida tá ai, a toda, me obrigando a sair da cama todos os dias às sete e meia da manhã. E resignadamente levanto. Resignadamente continuo.
Aquela certeza inteira que o plano ia dar certo tá esvaindo-se aos poucos. A era do “nossa, vai ser tudo lindo”, finalmente passou. Do meu pai doente, que eu tinha tirado toda uma lição de “que lindo, reuniu minha família”, agora só predomina meu medo constante de alguém que me é importante morrer. E além de tudo eu tenho uma sensação assustadora de tempo passando. Meu Deus, eu vou fazer 28 anos.
Eu sei que é fase. Eu sei que as coisas tão assim porque eu estou vendo assim. É um jeitinho Poliana ao inverso de ser. Tadinho de quem tenta me ouvir e só recebe negativismo. Sinto muito ~I´m such a pain~. Eu sei que basta meia coisa boa a acontecer pra eu voltar a achar o mundo lindo. Basta algo dar certo. O detalhe é que não tem nada dando exatamente errado, é só a vida sendo vida.
Ontem enquanto vinha no trabalho ficava pensando em maneiras de recuperar o controle sobre as coisas. Pensei em fazer listas. E lembrei quão pouco eu venho cumprindo-as. Ai eu decidi só ir vivendo, aos pouquinhos.
Pode ser que isso tudo só seja porque eu comecei a dieta hoje e me vêem em frente muitos meses sem chocolate. Ufa, vida.
(Calma, é só bipolaridade latente do blog exercida mais uma vez)